20140512

Prêmio ANA 2014 na reta final para inscrições!



Em 2014, o Prêmio ANA traz uma grande novidade para os vencedores de cada uma das sete categorias. Além de receberem o Troféu Prêmio ANA, eles ganharão uma viagem com despesas pagas para o maior evento do planeta sobre recursos hídricos – o Fórum Mundial da Água –, que acontecerá de 12 a 17 de abril de 2015 em Daegu e Gyeongbuk, na Coreia do Sul. Durante o evento, os vencedores apresentarão seus trabalhos no Pavilhão Brasil, estande do País no Fórum Mundial da Água.

 O Prêmio ANA 2014 terá uma Comissão Julgadora composta por membros externos à Agência e com notório saber na área de recursos hídricos ou meio ambiente. Um representante da Agência presidirá o grupo, mas sem direito a voto. Os critérios de avaliação dos trabalhos levarão em consideração os seguintes aspectos: efetividade; impactos social e ambiental; potencial de difusão; adesão social; originalidade; e sustentabilidade financeira (se aplicável).

 A Comissão Julgadora selecionará três iniciativas finalistas e a vencedora de cada uma das categorias. Os vencedores serão conhecidos em solenidade de premiação marcada para 3 de dezembro de 2014 em local a ser definido.



Inscrições

 Nesta edição do Prêmio ANA, as inscrições devem ser realizadas pelo hotsite do evento. Caso os participantes queiram enviar materiais físicos complementares, o envio deverá ser realizado por remessa postal registrada aos cuidados da Comissão Organizadora do Prêmio ANA 2014 no seguinte endereço: SPO, Área 5, Quadra 3, Bloco “M”, Sala 118, Brasília (DF), CEP: 70610-200.

 A data de postagem será considerada como a de entrega e o localizador da remessa deverá ser informado no ato da inscrição, que só será confirmada pela Comissão Organizadora após o recebimento dos materiais complementares.

 Cada participante pode inscrever mais de uma iniciativa. Além disso, poderão ser apresentados trabalhos indicados por terceiros, desde que acompanhados de declaração assinada pelo indicado, concordando com a indicação e com o regulamento da premiação.

 Cronograma



  • Inscrições: até 30 de maio de 2014;
  • 1ª Fase de avaliação: 4 de agosto a 12 de setembro;
  • 2ª Fase de avaliação: 6 a 10 de outubro;
  • Comunicação aos finalistas:  27 a 31 de outubro de 2014;
  • Premiação: 3 de dezembro de 2014.



Mais Informações


Comissão Organizadora do Prêmio ANA

Agência Nacional de Águas (ANA)

Fones: (61) 2109-5412


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20140505

Água que vai...



Rio Paraíba do Sul.

Decidi discorrer neste espaço virtual um pouco a respeito da realidade do nosso precioso rio Paraíba do Sul porque entendo o momento delicado em que a região vive no tocante à transposição das nossas águas para a região metropolitana de São Paulo. Logo de início peço desculpas por me reportar ao rio como sendo “nosso”, uma vez que tenho consciência de que a água é um bem universal, Constitucional e todo ser vivente tem direito a ela. Contudo, nós moradores varzeiros, (ribeirinhos somente os que vivem às margens do rio Amazonas) aprendemos a amar o rio Paraíba do Sul pela importância econômica, social e cultural que este representa para o Vale do Paraíba. Esta relação, tão próxima e dependente, fez nascer em nós um forte sentimento de propriedade. O rio Paraíba do Sul nasce no coração do Valeparaibano, fora dali ele é um rio que se forma a partir da junção das águas do rio Paraitinga- que nasce na Serra da Bocaina,em Areias- e do rio Paraibuna, no município de mesmo nome. É um rio Federal porque percorre e abastece os Estados de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro. Isto é o mínimo, o básico que devemos saber a respeito de um rio que hoje é pauta nas mídias locais e que nos abastecem com discursos de “transposição com responsabilidade social e ambiental”. O governo do estado é o principal dono do discurso das aspas anterior. Conhecemos através da história que o Vale do Paraíba sempre contribuiu para a riqueza do Brasil, principalmente para o estado de São Paulo. Dessa forma a região tornou-se autossuficiente e ingressou na modernidade seguindo um processo linear muito comum no sistema capitalista- extração, produção, descarte. Mas como para toda ação existe uma reação, o conflito se estabeleceu aos sistemas nele incluso, ou seja, ao meio ambiente, às pessoas, à economia. Segundo os especialistas em recursos hídricos, o agravante da crise da água vai além da falta de chuva e baixa nos reservatórios- o foco do problema é gestão. Poder público, privado, sociedade civil, todos nós de alguma forma corroboramos para o desperdício da água. Se houvesse consciência, educação e políticas sérias de planejamento e gestão hídrica, não estaríamos hoje discutindo a respeito de transposição. Nosso esgoto é diluído em água, continuamos a varrer calçadas com mangueiras, os banhos continuam demorados, os rios urbanos continuam sendo locais de lançamento de efluentes domésticos. Mesmo alicerçados em um modelo de desenvolvimento distante do que preconiza a sustentabilidade, alcançamos o título de região Metropolitana do Vale do Paraíba. Mas vejam- precisaremos de água para assim nos manter. Logo a sociedade será chamada para participar de audiências públicas e manifestações contra a transposição do Paraíba do Sul e precisamos participar conscientes e bem informados, para que a região, no futuro, não sofra ainda mais com perda econômica e ambiental. Água que vai, não volta mais.